Polícia Civil prende suspeitos de assassinato de advogada pernambucana

Recife (PE) - Numa operação denominada de “Themis” – uma referência a Deusa da Justiça – policiais civis prenderam na madrugada desta quinta-feira, dia 23, no município de Bezerros, Agreste de Pernambuco, três homens suspeitos de terem sequestrado e assassinado a advogada Severina Natalícia da Silva. Ao todo, cinco pessoas foram presas. Três delas são suspeitas de envolvimento no assassinato da advogada e duas foram presas por porte ilegal de arma de fogo. A operação envolveu 50 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. Por intervenção direta do presidente da OAB-PE, Pedro Henrique Reynaldo Alves, e do presidente da Subseccional da OAB de Caruaru, Almério Abílio, as investigações tiveram início tão logo o desaparecimento Severina Natalícia da Silva foi notificado por seus familiares, no início de dezembro passado. No comando das diligências desde então, a Secretaria de Defesa Social (SDS) delegou o caso à Divisão de Homicídios da Diretoria Integrada do Interior 1, chefiada pelo delegado Bruno Vital. “A Polícia Civil, que vem fazendo um irrepreensível trabalho nesse caso, confirma através dessas prisões, a suspeita da motivação do crime estar relacionada ao exercício ético e destemido da advocacia”, frisa Pedro Henrique. As investigações policiais foram acompanhas diretamente pelo presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas do Advogado da OAB-PE, Maurício Bezerra Alves Filho; além da representante da OAB de Caruaru, Maria Helena dos Santos Augusto Silva, diretora tesoureira da Subseccional.

OAB solicita ao CNJ testes de vulnerabilidade e estabilidade do PJe

Brasília – O presidente do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, enviou ofício na quinta-feira (23) ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) solicitando a realização de testes públicos de vulnerabilidade e de estabilidade no sistema do Processo Judicial Eletrônico (PJe). A solicitação vem após o apagão sofrido pelo PJe no dia 15 de janeiro, quando uma atualização do sistema operacional Java impediu o envio de processos. A Ordem solicita que os testes sejam feitos por meio de órgãos independentes. Para o presidente da OAB, o pedido visa à preservação dos direitos e das garantias fundamentais, do devido processo legal e da segurança jurídica. Foram relatadas à OAB, por suas Seccionais e por advogados de todo o país, gravíssimas inconsistências e indisponibilidade de acesso ao PJe. Segundo Marcus Vinicius, ao contrário do que afirma o site do CNJ, a Ordem não possui registro do recebimento de informações acerca da necessidade de atualização do programa Java nem da maneira correta de fazer essa atualização. No ofício encaminhado ao presidente em exercício do CNJ, Ricardo Lewandowski, a Ordem registra que nem mesmo os tribunais sabiam da atualização necessária para o correto funcionamento do PJe, mostrando-se incapazes de solucionar o programa ou de orientar advogados e jurisdicionados. Memória O apagão do sistema operacional do PJe afetou o trabalho de advogados de todo o país, que se viram impedidos de dar encaminhamento a processos, ações etc. Segundo o presidente da OAB Nacional, a falha é a evidência clara da pressa em implantar o serviço. “A implantação gradual é a forma mais correta para evitar problemas, pois todo sistema está sujeito a falhas”, avalia Marcus Vinicius. “Há de se levar em conta a acessibilidade e a infraestrutura tecnológica de cada região do país para que não voltemos a ver situações como esta.”