Presidente da OAB Nacional repudia ato agressivo de presidente do STF

Brasília – Os portais de notícias repercutiram nesta quarta-feira (11) a manifestação do presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, contra a expulsão do advogado Luiz Fernando Pacheco, do plenário do STF. A revista Consultor Jurídico citou a nota emitida pela diretoria do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que afirma que o presidente do supremo “traiu seu compromisso ao desrespeitar o advogado na tribuna da suprema corte” e disse que estudará formas de obter reparação pela “agressão ao Estado de Direito e ao livre exercício profissional”.  O portal UOL destacou a declaração do presidente que afirmou que "sequer a ditadura militar chegou tão longe no que se refere ao exercício da advocacia". E, ainda, a cobrança a declaração que "o presidente do STF não é intocável e deve dar as devidas explicações à advocacia brasileira". A agressão às prerrogativas foi abordada pelo portal G1, que deu destaque a nota oficial, que ressalta que "o advogado é inviolável no exercício da profissão”.  A Folha de São Paulo destacou a declaração que afirma  que "não se pode confundir autoridade com autoritarismo, com esta atitude o presidente do Supremo foi ditatorial, arbitrário e autoritário". Confira aqui a íntegra da nota emitida pela OAB Nacional.

Presidentes de seccionais apóiam diretoria do Conselho Federal

Brasília – O Coordenador do Colégio de Presidentes de Seccionais, presidente da OAB mineira, Luís Cláudio da Silva Chaves e o coordenador-adjunto eleito e presidente da OAB-ES, Homero Mafra, emitiram nota de apoio à atuação da OAB Nacional, contra a postura do presidente do STF, Joaquim Barbosa, que expulsou da tribuna o advogado Luiz Fernando Pacheco, enquanto este requeria que entrasse na pauta da Casa, julgamento sobre pedido de prisão domiciliar de seu cliente. Confira a nota: Nós, presidentes dos Conselhos Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil, secundando em todos os termos a manifestação do Conselho Federal quando, de forma veemente, repudiou a atitude do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa expulsando do recinto do Supremo um advogado que se encontrava na tribuna da Corte, apresentamos nossa inteira solidariedade ao colega atingido. A atitude do presidente do STF não atinge somente a advocacia. Ela fere também os direitos da liberdade, na medida em que representa cerceamento inaceitável ao direito de defesa. Nós que não nos calamos durante a ditadura, não podemos aceitar que manifestações de prepotência tentem calar a voz do advogado quando, legitimamente, atue em defesa de seu constituinte e apoiaremos todas as medidas que o Conselho Federal da OAB vier a adotar neste específico caso de agressão à advocacia.