Após execução de brasileiro na Indonésia, Planalto convoca embaixador

Brasília – Assim que foi confirmada a execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53 anos, pelo governo da Indonésia como condenação ao crime de tráfico de drogas, a presidenta Dilma Rousseff emitiu nota na qual se diz “consternada e indignada”. Marco foi o primeiro brasileiro executado por crime no exterior. Leia, abaixo, a nota oficial da presidenta da República. A presidenta Dilma Rousseff tomou conhecimento – consternada e indignada – da execução do brasileiro Marco Archer, ocorrida hoje às 15h31 - horário de Brasília - na Indonésia. Sem desconhecer a gravidade dos crimes que levaram à condenação de Archer e respeitando a soberania e o sistema jurídico indonésio, a presidenta dirigiu pessoalmente, na sexta-feira última (16), apelo humanitário ao seu homólogo Joko Widodo para que fosse concedida clemência ao réu, como prevê a legislação daquele país. A presidenta Dilma lamenta profundamente que esse derradeiro pedido, que se seguiu a tantos outros feitos nos últimos anos, não tenha encontrado acolhida por parte do chefe de Estado da Indonésia, tanto no contato telefônico como na carta enviada, posteriormente, por Widodo. O recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países. Nesta hora, a presidenta Dilma dirige uma palavra de pesar e conforto à família enlutada. O embaixador do Brasil em Jacarta está sendo chamado a Brasília para consultas.