OAB cobra proteção a povos indígenas ameaçados no MS

Brasília – A OAB Nacional expressou preocupação nesta sexta-feira (26) com a escalada de violência contra povos indígenas no Mato Grosso do Sul, onde uma fazenda ocupada tem sido palco de confrontos e ameaças. A entidade cobra do governo o cumprimento de seu papel de proteger esses indivíduos. Produtores rurais e indígenas guarani kaiowá entraram em confronto, nesta quarta-feira (24), após a ocupação de fazenda no município de Coronel Sapucaia (MS). Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), cerca de 50 indígenas estão na área desde segunda-feira (22). Segundo o diretor-tesoureiro da OAB Nacional, Antonio Oneildo Ferreira, a Constituição da República prevê a proteção dessas populações e o cumprimento das demarcações de suas terras. "O alheamento ao mandamento constitucional originário é o fator principal de todos os danos causados aos povos indígenas do Brasil, com um cenário de violência e impunidade estarrecedores", afirmou. "É premente o cumprimento do comando constitucional afeto a uma das matrizes fundantes da brasilidade, a indígena." Em 2013, a OAB deu posse à Comissão Especial de Defesa dos Direitos dos Povos Indígena, um canal permanente de interlocução para a sistematização de uma pauta nacional voltada para as causas indígenas. Desde então tem mantido constante vigilância contra violações aos direitos dessas populações, cobrando dos governos sua obrigação de cuidar delas.

Após encontro regional, Jovem Advocacia do Norte divulga carta

Confira a carta editada pela Jovem Advocacia do Norte após encontro regional realizado na última quinta e sexta-feira: “Nós, reunidos no Encontro Regional da Jovem Advocacia do Norte, realizado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil em conjunto com a Seccional do Estado de Roraima, nos dias 25 e 26 de junho de 2015, em Boa Vista, Roraima, editamos a presente carta, que contem as diretrizes extraídas dos temas aqui debatidos: 1) RECONHECER a importância do Plano Nacional de Apoio ao Jovem Advogado Brasileiro editado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil para defesa e fortalecimento da Jovem Advocacia Nacional; 2) MANIFESTAR integral apoio às cotas de gênero aprovadas pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, bem como apoio ao “Movimento Mais Mulheres na OAB”, como forma de fortalecimento da democracia e da Advocacia Nacional; 3) MANIFESTAR apoio ao plano nacional de combate à corrupção aprovado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, como forma de fortalecimento das instituições e da democracia; 4) DECLARAR apoio irrestrito à manutenção do exame de ordem como forma de assegurar à sociedade a defesa de seu patrimônio e liberdade por profissional competente; 5) CONCLAMAR os poderes responsáveis pela instalação do Processo Judicial Eletrônico – Pje que sua implementação seja precedida da observância da infraestrutura necessária para seu regular funcionamento, respeitando, especialmente, as necessidades de acessibilidade e operacionalidade da Região Amazônica; 6) REQUERER a implementação e manutenção das audiências de custódia em todos os Estados da Região Norte, como instrumento de defesa dos Direitos Humanos; 7) MANIFESTAR sua contrariedade a qualquer proposição de adiamento do início do prazo de vigência do Novo Código de Processo Civil, o reconhecendo como um caderno democrático importante ao funcionamento da justiça e defesa dos direitos fundamentais; 8) RECONHECER as prerrogativas da advocacia como garantias do cidadão, solicitando a edição de um manual nacional de defesa das prerrogativas, com o objetivo de apoiar e orientar a jovem advocacia no fortalecimento das prerrogativas; 9) MANIFESTAR apoio à exigência de indispensabilidade da presença de advogados nos inquéritos e processos administrativos, garantindo ampla defesa e contraditório aos investigados em âmbito administrativo; 10) APOIAR o projeto de lei que criminaliza a ofensa às prerrogativas profissionais; 11) PRIORIZAR o aperfeiçoamento profissional voltado ao Novo Código de Processo Civil, mormente no tocante às conquistas da advocacia. Boa Vista, 26 de junho de 2015.”