Confira as principais notícias do período entre 14 e 20 de outubro

Brasília - Confira a seção OAB em Movimento desta semana, que apresenta as principais notícias da advocacia e da cidadania protagonizadas pela Ordem. Na pauta, OAB cobra do Estado retomada do controle nos presídios de todo o país, a homenagem ao Dia do Professor, o I Encontro Nacional sobre o Novo CPC, a advocacia aguarda sanção do Simples, OAB adota contagem de prazos em dias úteis para processos internos, 50 anos do Código Tributário e OAB e ministros do STJ reúnem-se para debater problemas de infraestrutura do Judiciário, entre outros assuntos.

Controle nos presídios

A OAB Nacional participará na terça-feira (18) de reunião para tratar do caos do sistema prisional brasileiro. Segundo o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, “cabe ao Estado fazer com que as prisões voltem a ser destinadas a seu verdadeiro propósito, que é garantir a custódia dos presos e a correta aplicação da pena aos condenados”. Confira aqui mais detalhes.

Dia do Professor

O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, afirmou neste sábado (15), data em que é celebrado o Dia do Professor, que o Brasil precisa urgentemente valorizar o ensino e os professores, “figuras centrais para que o país consiga superar os entraves que hoje enfrenta”. Leia mais aqui.

Advocacia aguarda sanção do Simples

A advocacia brasileira, com mais de um milhão de integrantes, aguarda o desfecho que garantirá a permanência da classe na tabela 4 do Supersimples. Depois de intensa articulação da OAB que atuou junto ao presidente da República e com lideranças partidárias e governistas no Senado e na Câmara dos Deputados, com o empenho de diretores, conselheiros federais e presidentes de Seccionais, a advocacia obteve uma importante vitória junto a Câmara dos Deputados, revertendo deliberação de agosto de 2015. Na ocasião, a advocacia havia sido deslocada para nova tabela que significava aplicação de alíquota que iria inviabilizar a permanência da advocacia no simples. Com esse esforço, permanecerá a taxação de 4,5% no patamar inicial. Entenda mais sobre o tema aqui.

Infraestrutura do Judiciário

O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, recebeu na tarde desta segunda-feira (17) a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Laurita Vaz, e o vice-presidente, Humberto Martins. Acompanhados do corregedor nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, e de outros oito ministros daquela corte (Marco Buzzi, Isabel Gallotti, Paulo de Tarso Sanseverino, Gurgel de Faria, Herman Benjamin, Marco Aurélio Bellizze Oliveira e Rogério Schietti), Laurita  e Martins debateram com Lamachia os problemas de infraestrutura do poder Judiciário e a busca de alternativas para essa questão. Confira aqui mais detalhes.

I Encontro Nacional sobre o Novo CPC

O último dia do I Encontro Nacional sobre o Novo CPC, nesta sexta-feira (14), em Gramado, no Rio Grande do Sul, foi de palestras e debates sobre o novo Código de Processo Civil (CPC) nas áreas do Direito de Família, Trabalho e Tutelas de Urgência. O evento, que durante dois dias reuniu 20 palestrantes e um público de mais de 600 profissionais, estudou a aplicabilidade e efetividade do novo CPC. Leia mais detalhes aqui.

Código Tributário

O secretário-geral da OAB Nacional, Felipe Sarmento, compareceu à abertura do seminário “50 Anos do Código Tributário Nacional”, realizado na manhã desta quarta-feira pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Conselho da Justiça Federal. O evento reuniu especialistas no assunto para debater os desafios do CTN neste meio século de existência. Veja mais detalhes aqui.

II Encontro Nacional de Prerrogativas

O presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia, Jarbas Vasconcelos, decidiu ampliar o debate sobre violações que será feito no II Encontro Nacional de Defesa das Prerrogativas. O encontro será realizado nos dias 9 e 10 de novembro. Vasconcelos fez convite especial para que participem dessa edição do encontro a presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Eduarda Mourão Eduardo Pereira de Miranda, e a vice-presidente da Comissão Especial da Diversidade Sexual e Gênero, Adriana Rocha de Holanda Coutinho. Saiba mais aqui.

Processos internos

A OAB passará a contar em dias úteis todos os prazos em seus processos. A decisão foi tomada pelo Conselho Pleno da entidade, reunido nesta terça-feira (18) em Brasília, a exemplo do que estabelece o Novo Código de Processo Civil. “A contagem dos prazos em dias úteis foi uma grande conquista da advocacia no Novo CPC e vamos aplicar esta norma também internamente”, explicou o presidente nacional da Ordem, Claudio Lamachia. Leia mais aqui.

Diretoria nacional

A diretoria nacional da OAB esteve reunida nesta quarta-feira (19), em caráter ordinário, na sede da entidade. Além do presidente Claudio Lamachia, participaram o vice-presidente, Luís Claudio Chaves, o secretário-geral Felipe Sarmento, o secretário-geral adjunto Ibaneis Rocha e o diretor-tesoureiro Antonio Oneildo Ferreira. Saiba mais aqui.

Cursos de especialização

Termina no próximo dia 6 de novembro o prazo para realização de matrículas nos cursos de especialização em Direito na modalidade a distância. São oferecidos cursos de especialização nas áreas de Advocacia Criminal; Advocacia Imobiliária, Urbanística, Registral e Notarial; Advocacia Penal Empresarial; Advocacia Trabalhista e Previdenciária; Advocacia Tributária; Direito das Famílias; Direito Eleitoral; e Direito Processual Civil. As aulas dos cursos que atingirem o número mínimo para funcionamento começarão no dia 16 de novembro. Veja mais informações aqui.

OAB requer ao BNDES dados dos últimos 10 anos

O jornal “Estado de S.Paulo” publicou reportagem sobre o ofício encaminhado pela OAB Nacional e outras entidades ao BNDES solicitando acesso a todos os dados relativos a ‘financiamentos externos, operações internas e parcerias com instituições estrangeiras’ nos últimos dez anos. A requisição foi feita por meio da Lei de Acesso à Informação. Leia mais aqui.

Pagamento de alvarás

A Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas reuniu-se nesta segunda-feira (17) com o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, para debater resolução recente do Tribunal Superior do Trabalho acerca do pagamento de valores constantes em alvarás na justiça trabalhista. Saiba mais aqui.

Direito de defesa

O Conselho Federal da OAB  e a Seccional do Paraná repudiaram nesta quinta-feira (20) as hostilizações sofridas por advogados em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba. "O advogado é essencial à administração da Justiça e não pode sofrer qualquer tipo de agressão ou retaliação em seu exercício profissional. O direito de defesa é garantia essencial do Estado Democrático", afirmou o presidente nacional da Ordem, Claudio Lamachia. Leia mais aqui.

Caravana Nacional das Prerrogativas

Será realizada nos dias 25, 26 e 27 de outubro a rodada paraibana da Caravana de Prerrogativas. A caravana tem percorrido diferentes estados do país com o objetivo de preservar a dignidade profissional dos advogados por meio da inviolabilidade dos escritórios, o sigilo das comunicações, valorização da advocacia e a garantia de honorários justos. A caravana cobrirá todas as regiões do estado da Paraíba, com paradas nas cidades de João Pessoa, Guarabira, Campina Grande, Patos, Sousa e Cajazeiras. Membros do Conselho Federal da OAB, bom como da seccional e das subseções estarão juntos para ouvir os advogados e fortalecer as prerrogativas. As caravanas percorrerão os 27 estados do país e pretendem envolver todas as 1.023 subseções e mais de um milhão de advogados. Saiba mais aqui.

50 Anos do Código Tributário

O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, reforçou nesta quarta-feira (19) a necessidade de uma profunda reforma tributária no país, na qual os impostos pagos pelos cidadãos se revertam em efetivas políticas públicas. A afirmação foi feita na abertura do seminário 50 Anos do Código Tributário Nacional, organizado pela Ordem em Brasília. Leia mais aqui.

Reforma política: OAB apoia cláusula de barreira e fim das coligações partidárias

Brasília – O Conselho Pleno da OAB aprovou nesta terça-feira (18) o apoio da entidade a dois projetos legislativos que buscam uma reforma política republicana. A Ordem encampará as propostas previstas em PECs para o fim das coligações partidárias em eleições proporcionais e o estabelecimento de uma cláusula de desempenho para partidos políticos.

Segundo o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, o envolvimento da entidade nos debates sobre a reforma política é uma das maiores contribuições que ela dará à sociedade. Ele explicou, ainda, que o apoio a estas duas propostas não afasta a Ordem de outros temas da reforma política. O fracionamento foi necessário pela urgência na tramitação dos projetos no Congresso.

“A OAB mais uma vez se apresenta para um profundo e importante debate sobre o futuro de nosso país. A reforma política está na pauta da entidade há muito tempo, tendo sido alvo de várias propostas. Neste momento, o fim das coligações e a cláusula de barreira têm chances de serem aprovadas para valerem já nas eleições de 2018”, explicou.

As PECs 151/2015 e 36/2016 foram analisadas por uma comissão especial estabelecida em setembro pela diretoria do Conselho Federal da OAB, que contou com a coordenação do conselheiro Pedro Henrique Reynaldo Alves e como membros Ary Raghiant Neto, Carlos Roberto de Siqueira Castro, Fabrício Jurado, Luciana Nepomuceno e Paulo Roberto de Gouvêa Medina.

“O fosso abissal que separa o povo brasileiro de seus parlamentares, signo de uma crise de representação sem precedentes em nossa história, é o principal sintoma de um colapso em nosso sistema, gerador de consequências drásticas à ordem social. Os efeitos deletérios desse colapso são revelados de diferentes formas, desde o sentimento de rivalidade nutrido por parte significativa da população em relação ao próprio Estado, expressado no mais das vezes pelo desprezo ao poder constituído, desobediência civil, descumprimento de normas jurídicas, sonegação fiscal etc., até pela baixa autoestima do povo brasileiro enquanto elemento essencial de uma Nação”, afirma Pedro Henrique em seu voto.

A cargo de relatar os dois temas em análise, o conselheiro federal Siqueira Castro propôs o apoio da OAB aos projetos em tramitação. Sobre as coligações partidários em eleições proporcionais, as PEC 151/2015 trata sobre o tema. Segundo o relator, o sistema de coligação “deforma o destino do sufrágio individual, possibilitando que o voto do eleitor num determinado candidato a deputado federal, a deputado estadual ou a vereador, de um determinado partido político, venha eleger, em razão do quociente eleitoral global da coligação, um outro candidato e de uma outra legenda partidária, com isso promovendo o desvirtuamento da vontade do eleitor manifestada nas urnas”.

“Além disso, fragiliza os partidos políticos, cuja representatividade, suposta e desejadamente haurida no estatuto, no programa e no ideário partidário, se dilui e se desnatura no resultado final do certame eleitoral em consequência de alianças passageiras e formadas por interesses contingentes, sem qualquer compromisso quanto à afinidade ideológica ou programática entre os partidos coligados”, continuou.

A OAB apoia autonomia dos partidos políticos para encaminhar coligações partidárias, estas permitidas apenas nas eleições majoritárias para Presidente da República, Governador de Estado, Prefeito de Município e Senador, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas nos diversos níveis de governo na Federação. No entanto, discorda de uma das propostas, que prevê a adoção de um novo modelo apenas em 2022. 

“É recomendável e urgente a eficácia da vedação supralegal de coligações partidárias nas eleições proporcionais por todas as razões acime expendidas. A adoção dessa providência, em regime de prioridade, por certo corrigirá umas das mais notórias deformações do sistema eleitoral brasileiro, expungindo do mesmo o regime de falcatrua partidária e do ‘toma lá dá cá’ da atual política de alianças espúrias”, justifica.

CLÁUSULA DE BARREIRA

A adoção de uma cláusula de barreira ou de desempenho para os partidos políticos suscitou debates no âmbito do Conselho Federal –não por sua existência, aprovada à unanimidade, mas pelo percentual mínimo de votação nas eleições. 

Foi aprovada a proposta da Comissão Especial, que segue o prevista na PEC 36/2016: para ter representação no Congresso, os partidos devem alcançar, já nas eleições de 2018, 2% dos votos válidos apurados nacionalmente, espalhados em 14 Estados da Federação, com um mínimo de 2% dos votos válidos apurados em, pelo menos, 14 Estados. De acordo com essa proposição, a partir de 2022, o mínimo de votos válidos nacionais passará a ser de 3% ainda distribuídos entre 14 Estados membros, mantendo-se o percentual de 2% dos votos válidos por Estado.

De acordo com a PEC 36/2016, os partidos que não atenderem esses requisitos perdem o direito de acesso ao fundo partidário, de acesso gratuito ao horário eleitoral no rádio e na televisão, de propor ações de controle ações de controle de constitucionalidade e de ter estrutura própria nas Casas legislativas (liderança, assessoria, funcionários, assessores etc.). Acredita-se que, com a aprovação dessa proposta de Emenda à Constituição, o número de partidos com representação no Congresso Nacional seja reduzido à metade já depois das eleições de 2018.

“Diante do atual quadro de desilusão partidária em nosso país e de descrença da cidadania na classe política, considero oportuna e altamente recomendável a adoção de cláusula de barreira ou de desempenho. A nova e atual composição do Supremo Tribunal Federal – espera-se – poderá recolocar a matéria diante das novas e ingentes realidades que atormentam a vida partidária e o funcionamento de nossas instituições políticas, emprestando melhor efetividade aos predicamentos da soberania popular e do Estado Democrático de Direito”, afirma o voto, referindo-se a julgamento do STF que considerou anteriormente inconstitucional a cláusula.

O relator lembrou que a multiplicação de partidos aconteceu por obra da ditadura militar, chegando a mais de 30 agremiações atualmente. “Bem se sabe que o descrédito popular quanto aos mecanismos da democracia representativa deve-se em grande parte, à desmoralização da fidelidade entre o candidato eleito e a legenda que encampou sua candidatura e promoveu sua eleição. Não há nada mais destrutivo da ética política do que a insignificância histórica e social das siglas partidárias. Essa deformação perturba e malfere a credibilidade e as esperanças do eleitor quanto aos avanços civilizatórios que impulsionam a cidadania. Se tal não bastasse, a promiscuidade da relação partidária conspira contra a aglutinação sadia e programática dos segmentos da sociedade civil, mercantiliza a carreira política e, não raro, empurra a massa de eleitores, como gado no corredor do abate, para a devora do charlatanismo eleitoral”, assevera.

“Não se pode mais, rigorosamente, tolerar a existência e deletéria atuação de partidos meramente cartoriais, sem representatividade, sem substrato ideológico ou programático e sem atuação idônea, que só aparecem nos períodos de eleições para fazer negócios, extrair vantagens não republicanas e comprometer a legitimidade dos pleitos.

Leia aqui o voto completo da OAB para estes pontos da reforma política.