Arquivos Mensais:outubro 2016
Evandro Grili: Devolução do ICMS é um passo para Justiça tributária
Advogado americano explica estratégias para negociar acordos
De quem é a culpa nos crimes contra a dignidade sexual?
Comissão de Direito Imobiliário da OAB-DF tem novo membro
Em 3º caso federalizado, júri condena réus por morte de promotor
Salomão defende direito ao esquecimento e pede debate qualificado
Por usar recursos públicos em eleição, Agnelo Queiroz fica inelegível
Para OAB e Ajufe, Estado deve indenizar quem ganha ação popular
Empresário acusado de usar senha de juíza não consegue trancar ação
Lamachia entrega a deputado proposta de remuneração para autor de Ação Popular
Brasília – O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, entregou na tarde desta quinta-feira (27) ao deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) a proposta de um projeto de lei que faz alterações no formato atual das ações populares. Lamachia esteve no gabinete do parlamentar, em Brasília, acompanhado do presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Carvalho Veloso. Lorenzoni é relator do Projeto de Lei 4850/2016 – que estabelece propostas contra a corrupção - na comissão especial que discute o tema na Câmara dos Deputados. Também estiveram na audiência o conselheiro federal da OAB pelo Paraná, Cassio Lisandro Telles, e o vice-presidente da Caixa de Assistência dos Advogados da Seccional do Rio Grande do Sul, Pedro Zanette Alfonsin.
“Essa é uma contribuição da OAB com a Ajufe. É a primeira vez que temos uma parceria entre essas duas entidades apresentando uma ideia para um projeto de lei. Ele traz em seu contexto algo que entendemos absolutamente inovador, que é a possibilidade de termos a modificação da ação popular para que ela possa também remunerar aquele que será o autor popular. Muitas vezes o autor da ação ajuíza a mesma, gasta anos de dedicação e trabalho a ela e não recebe nenhum tipo de ressarcimento pela despesa e incomodo que teve durante esse processo todo. Pela proposta, o advogado que vai representar o autor da ação recebe também uma remuneração pelo trabalho realizado”, disse Lamachia.
O presidente nacional da OAB destacou durante o encontro com o parlamentar o potencial que a proposta terá em motivar os cidadãos na proteção dos interesses públicos. “Com este instrumento os quase um milhão de advogados poderão ser verdadeiros fiscais da coisa pública. E teremos ainda condições de transformar todo o cidadão brasileiro que queira agir em defesa do Estado num efetivo fiscal da coisa pública. Portanto, é um instrumento democrático e de combate à corrupção e à impunidade”, afirmou ele.
O presidente da Ajufe destacou que o projeto será um instrumento a mais na luta contra a corrupção. “Essa proposta também vai ao encontro do combate à corrupção. Ela incentiva o autor popular a investigar por conta própria os casos de desvios de recursos. Numa licitação, uma suspeita de superfaturamento, se ele tiver a informação, ele mesmo terá a legitimidade para propor o ressarcimento. E a novidade é justamente a indenização. Uma parte do que for recuperado ir para o autor popular e para o advogado”, declarou Veloso.
Ao receber o texto das mãos dos dois presidentes, Lorenzoni elogiou a iniciativa e prometeu dedicar esforço especial na análise da proposta. “Esse tipo de instrumento complementa o sistema e é muito bem-vindo. Vamos nos debruçar com muito afinco sobre ele para fazer uma avaliação mais rápida possível, que permita sua incorporação”, disse o deputado gaúcho.
Vaga no CNJ está entre servidor do Senado e advogado de escritório
TSE suspende decisão que afastaria Rosinha Garotinho da prefeitura
Procuradores processados por causa de parecer têm ação trancada
OAB representa sociedade civil em reunião governamental sobre segurança pública
Brasília – A OAB Nacional foi a única entidade da sociedade civil a participar de reunião governamental nesta sexta-feira (28) para tratar da questão da segurança pública. O presidente da Ordem, Claudio Lamachia, apresentou três propostas sobre o tema. Participaram do encontro os chefes dos três Poderes, Michel Temer, Cármen Lúcia e Renan Calheiros, as Forças Armadas e ministros de diversas pastas.
Durante a reunião, realizada no Palácio do Itamaraty, Lamachia relembrou a atuação histórica da OAB na defesa dos direitos humanos e de um sistema prisional que sirva ao seu propósito: punir e ressocializar. “A OAB Nacional e as seccionais atuam, historicamente, em favor da modernização do sistema de segurança e do cumprimento da lei no sistema carcerário”, afirmou.
“O sucesso do Sistema de Justiça e de segurança pública só é possível quando as regras são cumpridas. Ambientes marcados por ilegalidades, superlotação e violação de integridade física apenas fortalecem o crime organizado e prejudicam a reinserção social dos detentos, colocando toda a sociedade em risco”, completou.
Lamachia cobrou, mais uma vez, que o Estado retome o poder nos presídios, tanto federais quanto estaduais, atualmente tomado por facções criminosas. A OAB ajuizou a ADI 5.170, solicitando que o Supremo declare a responsabilidade do Estado pelos danos morais causados aos detentos quando submetidos à prisão em condições subumanas, insalubres, degradantes ou de superlotação. O processo é relatado pela ministra Rosa Weber e aguarda julgamento. Também acompanha procedimentos internacionais sobre o assunto.
Os três pontos apresentados pela OAB são: estabelecer periodicidade para reunião dos secretários de segurança do país; estudo de medidas de desburocratização do uso dos recursos disponíveis para investimento em segurança e no sistema carcerário e uso da estrutura de segurança legada pela Copa e pelas Olimpíadas e efetivação da interligação das câmeras de segurança com delegacias .
De acordo com Lamachia, os cinco pontos, desenvolvidos em colaboração com as 27 Seccionais da Ordem, têm como objetivos maior disponibilização de recursos para a área de segurança, melhoria do sistema prisional, com efetiva ressocialização dos presos, liberação de mais agentes para atuar nas cidades e a diminuição da insegurança com a melhoria do policiamento ostensivo.
Também participaram da reunião o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia; o procurador-geral da República, Rodrigo Janot; os ministros Alexandre de Moraes (Justiça), Raul Jungmann (Defesa), Sérgio Etchegoyen (Segurança Institucional) e José Serra (Relações Exteriores); o diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello; os comandantes das Forças Armadas, almirante Eduardo Bacellar Leal (Marinha), general Eduardo Villas Bôas (Exército) e tenente-brigadeiro Nivaldo Rossato (Aeronáutica).