Brasília – Nesta sexta-feira (17), terceiro e último dia da passagem da Caravana Nacional das Prerrogativas pela seccional maranhense, a cidade de Imperatriz – segunda maior do Estado – foi visitada pela comitiva, que contou com o presidente nacional da Ordem, Claudio Lamachia.
Ele ressaltou, em audiência pública com os advogados da região, o compromisso de sua gestão de ser itinerante. “Este é um compromisso do qual jamais vamos nos afastar, porque é necessário que a OAB vá aonde a advocacia está. É fundamental conhecer as demandas nas seccionais, nas subseções, enxergar de perto o que advogadas e advogados enfrentam. Quero ser lembrado como o presidente que se levantou de sua cadeira em Brasília e foi ao encontro da advocacia”, apontou.
“Os colegas sabem das dificuldades que a advocacia passou e ainda passa. Não tínhamos férias, os honorários eram aviltados e não reconhecidos como verba alimentar, os prazos eram contados fora dos dias úteis... Isso tudo tende a ficar cada vez mais ultrapassado por força do Novo Código de Processo Civil. O momento é de valorização da nossa atividade profissional, sem que isso represente total tranquilidade, pois nossa profissão impõe dificuldades e compromissos inarredáveis com o Estado Democrático de Direito”, completou.
Durante a audiência – que contou com inúmeras presenças e manifestações – o advogado Almivar Siqueira Freire Júnior destacou a importância da presença da Caravana em Imperatriz. “Nunca me senti tão bem representado pelo Conselho Federal da OAB. Parabéns, presidente Lamachia, por sua atitude de se aproximar da advocacia”, elogiou.
Maria das Graças Carvalho, ex-juíza que hoje exerce a advocacia, pediu a palavra para dizer que, depois que passou a advogar, sentiu muitas coisas na pele. “Somente quando passei a exercer minha atividade como advogada foi que vi como é importante para a advocacia que o juiz cumpra seus prazos. Nossa profissão depende do bom andamento processual”, lembrou.
E essa foi a principal reclamação da advocacia da região na audiência pública: a falta de juízes nas comarcas. Além disso, foram relatadas as diferenças enormes de produtividade entre juízes, o que causa instabilidade, segundo os advogados. Muitos reclamaram, também, das ações que não são julgadas, alegando que isso impede o trabalho da advocacia e denigre a imagem do advogado, pois o cliente pensa que o advogado está travando o andamento.
A seccional maranhense é a décima a sediar a Caravana na atual gestão da Ordem. Já foram visitadas as seccionais do Paraná, Tocantins, Ceará, Amazonas, Paraíba, Espírito Santo, Santa Catarina, Piauí e Mato Grosso do Sul.