Diretora do CFOAB organiza capacitação sobre processo ético-disciplinar

A Corregedoria Nacional da OAB Nacional, em parceria com a Segunda Câmara do Conselho Federal da OAB, formatou o curso sobre Procedimentos do Processo Ético-Disciplinar da OAB para os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Rondônia. O workshop foi feito em formato virtual, na última terça-feira (19/4), e faz parte da meta da gestão da OAB de unificar os procedimentos aplicados pelas seccionais. A ideia é transmitir a capacitação para outros estados.

A capacitação foi ministrada ao vivo por meio de videoconferência, sob a coordenação da corregedora nacional, secretária-geral adjunta e presidente da Segunda Câmara do Conselho Federal da OAB, Milena Gama, e pelo professor e presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Rondônia (CAARO), Elton Sadi Fülber, membro da comissão redatora de atualização do novo Manual de Procedimentos do Processo Ético-Disciplinar da OAB.

O curso pretende que a compreensão do processo disciplinar da OAB seja transmitida aos integrantes dos Tribunais de Ética e Disciplina de todo o Brasil e dos demais membros de órgãos que atuam no processo disciplinar, como forma de capacitar todos os julgadores do sistema ético-disciplinar, padronizando os procedimentos a nível nacional. 

O curso aborda desde a introdução ao processo ético-disciplinar da OAB, com fontes normativas, regras de competência, foro privilegiado, normas aplicáveis subsidiariamente, prazos e sanções aplicáveis, passando pelas fases do processo ético-disciplinar como admissibilidade, instrução, parecer de enquadramento, julgamento, notificações e recursos –  até a instauração ex officio, o procedimento de suspensão preventiva, a prescrição e suspensão do prazo prescricional e, por fim, o termo de ajustamento de conduta.

OAB celebra 90 anos da seccional do Piauí

Nesta segunda-feira (25/04), a seccional piauiense da OAB completa 90 anos de história. Uma trajetória de luta pela defesa do exercício pleno da profissão, pelo Estado Democrático de Direito, pela cidadania e pelo acesso à Justiça. Com 16.304 filiados, sendo 7.445 advogadas e 8.859 advogados, a OAB Piauí é uma das seccionais mais antigas do Brasil e uma das instituições mais atuantes da sociedade civil piauiense.

“Nos 90 anos de existência, a OAB-PI participou de lutas de grandes causas. A advocacia foi uma grande aliada da sociedade piauiense, tendo a OAB-PI como instrumento institucional de apoio em todos esses anos”, disse o presidente da seccional, Celso Barros Coelho Neto, que destacou a união de profissionais de idades variadas como um trunfo. “A presença de advogadas e advogados experientes ao lado da jovem advocacia faz com que haja uma fórmula perfeita na instituição que sempre estará atenta aos fatos da realidade social e notadamente da classe.”

Curiosamente, quem por mais tempo presidiu a entidade foi Celso Barros Coelho, avô do atual presidente da seccional. Ao todo, foram seis mandatos, por quase 12 anos. No próximo 11 de maio, ele completará um século de vida.

Lutas e conquistas

Em nove décadas, centenas de advogadas e advogados voluntários emprestam seu talento e competência para ajudar a definir os rumos que a entidade deve tomar. Presente em diversas lutas e conquistas ao longo dessa história, que começou em 1932, sob a liderança de João Osório Porfírio da Mota (1932-1933 e 1935-1936), a OAB-PI continua a atuar e a renovar seus ideais, sempre sensível às demandas sociais que constantemente se renovam.

“Sou advogado há 27 anos e pude perceber muito mais proximamente como a OAB-PI avançou com o passar dos anos. Ter ocupado alguns cargos na OAB me deu a oportunidade de estar mais próximo desses avanços e de participar de várias formas do crescimento institucional. É muito importante a aproximação com a instituição porque, assim, ela sempre avançará”, afirmou Coelho Neto.

História

A OAB-PI cedeu quadros relevantes para o sistema OAB ao longo de sua história. Veio da seccional piauiense o ex-vice-presidente nacional da OAB Wilson do Egito Coelho. O ex-presidente da OAB Nacional e atual presidente da Comissão Constitucional da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, maranhense de nascimento, radicou-se no Piauí desde a infância, onde solidificou as bases de sua carreira nacional.

“A OAB é a voz constitucional do cidadão, responsável pela defesa das garantias do Estado Democrático de Direito. A entidade tem se incumbindo com muito afinco dessa tarefa, olhos postos na preservação da liberdade profissional. Todas essas bandeiras têm sido também as pautas da OAB-PI, seccional com a qual tenho ligação inseparável e muito carinho pessoal. À OAB-PI dou os parabéns pelos 90 anos de história, de lutas e conquistas”, disse Coêlho.

Clube de serviços ganha ferramenta premium de busca de jurisprudência

O Clube de Serviços da OAB tem um menu variado de serviços e produtos com valores diferenciados para advogados de todo o país. Entre suas opções, está a BuscaJuris, ferramenta recém lançada pensada para as necessidade dos advogados autônomos. A proposta da plataforma é ajudar a encontrar jurisprudência de forma rápida usando tecnologia de ponta, mantendo um preço acessível para quem trabalha na advocacia de forma autônoma.

Com dois meses de lançamento, a BuscaJuris tem cerca de 25 mil usuários. Com ela, é possível organizar as pesquisas por meio de pastas de favoritos e, além disso, estão sendo desenvolvidas ferramentas de estatística processual para facilitar na hora da tomada de decisão e na argumentação jurídica.

É possível se cadastrar por meio deste link


“Qualificação permanente” é a aposta do presidente da OAB-AP

O presidente da seccional da OAB-AP, Auriney Brito, esteve à frente da instituição em um dos momentos mais difíceis para o estado. Além da pandemia da covid-19, o Amapá viveu, em novembro de 2020, um apagão elétrico sem precedentes no país. Cerca de 800 mil pessoas ficaram sem energia por quase um mês. Após o enfrentamento do percalço, ele mira o futuro, materializado no esforço que empreende pelo acolhimento do jovem advogado e pela qualificação permanente dos inscritos.

A recepção do jovem, na seccional, ocorre desde a aprovação no Exame de Ordem, a partir de quando os advogados e advogadas recebem orientações sobre honorários, prerrogativas, além de terem a possibilidade de escolher uma área de atuação e de conhecer profissionais. Para suprir a ausência de cursos de pós-graduação, convênios foram firmados com instituições nacionais e internacionais. 

Brito, que é amapaense, tem 39 anos e é advogado há 16. Ele foi vice-presidente da OAB-AP, além de ter coordenado e presidido a Escola Superior de Advocacia (ESA) do estado. Ele colabora com o ensino jurídico da OAB como membro da Escola Nacional de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil e da Coordenação Nacional do Exame da Ordem.

Confira abaixo a entrevista.

CFOAB - Qual será o foco de sua gestão?

Auriney Brito – Manter a linha. Fui vice-presidente no primeiro mandato no triênio 2016-2019, presidente em 2019-2021 e, agora, fui reeleito. Sempre fomos voltados ao atendimento do jovem advogado, à capacitação do jovem na entrada no mercado de trabalho e ao fortalecimento das prerrogativas. São duas características da nossa gestão: a defesa dos direitos e prerrogativas da advocacia e essa luta de continuidade da formação e introdução ao mercado de trabalho.

CFOAB - O senhor pode falar mais sobre como funciona essa política de recepção dos jovens advogados?

Auriney Brito - Temos um trabalho de mentoria, que foi destaque na gestão passada e acabou repercutindo nas outras seccionais. Desde o término da faculdade até a aprovação no Exame da Ordem. A gente recebe o jovem no momento do processo de inscrição. Fazemos uma recepção diferenciada dos novos colegas, eles passam por um curso de capacitação sobre honorários, sobre prerrogativas, sobre o nosso Código de Ética, sobre a estrutura da instituição. E, depois, eles já escolhem também uma vertente de área de atuação. Por exemplo, ele fez a segunda fase da prova da OAB na área penal, então a gente associa esse trabalho a um grupo de advogados mais experientes ou a escritórios, e ele fica um mês na mentoria. Participa de audiências, vai a delegacias, ao presídio, conhece na prática o funcionamento da atuação que seguirá. Depois, já pode enveredar para uma pós-graduação, para os cursos de aperfeiçoamento, tudo na escola de advocacia. 

CFOAB - Qual é a importância da OAB para a advocacia?

Auriney Brito - A OAB aproxima a sociedade das instituições. Nós, como instituições de liderança da sociedade civil, somos interlocutores também. Isso porque a democracia representativa do Congresso Nacional acabou de certa forma se distanciando da população que a elege. As instituições civis organizadas estão fazendo esse papel. Os advogados, pela militância, pela característica da profissão de defesa, de resgate da dignidade, da esperança das pessoas, acabam sendo a ponta da lança nessa ligação. 

CFOAB - E como foi a sua entrada na OAB, não apenas como advogado, mas na instituição em si?

Auriney Brito - Em 2015, eu cheguei a ser aprovado em concurso para delegado de polícia do Ceará e eu já estava ali envolvido nos trabalhos da Escola Superior de Advocacia (ESA) do Amapá. Sou professor universitário e já tinha recebido um convite para dar algumas palestras, participar de alguns cursos. Eu estava com uma coordenação acadêmica na escola. De coordenador, virei presidente da ESA. Depois concorri na chapa da OAB-AP como vice-presidente, mais tarde fui eleito presidente e, agora, reeleito.

CFOAB - Qual a origem do seu interesse pela advocacia?

Auriney Brito - Sou de uma família cujo referencial, meu pai, era da área. Ele passou por quase todas as áreas do direito. Foi advogado, defensor, presidente da OAB-AP na década de 1990. Depois, foi para o Ministério Público, foi promotor, procurador. E, depois, foi para o quinto constitucional do Tribunal de Justiça e se tornou desembargador. Ele faleceu em julho do ano passado. Minha mãe tem formação na área de contabilidade, mas também se formou em direito. E os meus irmãos mais velhos são todos da área jurídica. Fui inspirado por eles. Eu me formei em 2005 em Fortaleza, no Ceará, na Faculdade Farias Brito. Passei no Exame de Ordem em Fortaleza. Hoje, tenho o prazer de encontrar no Conselho Federal o presidente da época, que é o professor Hélio Leitão.

CFOAB - O que lhe chamou a atenção para trabalhar na área, além da influência familiar?

Auriney Brito - A gente vê a advocacia como uma forma de ajudar as pessoas. A inspiração é exatamente essa: uma oportunidade de ser fortalecido por uma profissão, e essa é também a importância da instituição, de ser fortalecido por uma profissão que vai te dar oportunidade de ajudar as pessoas. De resgatar a esperança nas pessoas, a dignidade das pessoas, de tentar amenizar, atenuar o sofrimento das famílias. Isso é o que faz a advocacia ter sentido para mim.

CFOAB -Como foi estar à frente da instituição naquele momento de maior emergência sanitária por conta da covid-19? 

Auriney Brito - Foi difícil, muito complicado. No início, não sabíamos o que estava acontecendo, de março até junho de 2020, ninguém tinha informação sobre nada. A gente teve que sair do papel de presidente de uma instituição e ir além. Tivemos que dar assistência, pensar na advocacia, nos familiares, em todos os profissionais liberais, autônomos, esse bloco da sociedade que já sofre bastante e sofreu ainda mais. A OAB se mobilizou, nós tivemos recursos para isso, para equipar a instituição e ajudar os advogados, trabalhando em conjunto. E é algo de que a gente pode se orgulhar, depois de ter encerrado a gestão passada, que nós nos apresentamos sempre como cooperadores das outras instituições. A sociedade reconheceu isso também, porque nós, sem orçamento público, sem verba pública, sem recursos, agimos de uma forma absolutamente voluntária, indo a hospitais, presídios, ver como estava a situação das pessoas, tentar arrecadar recursos para minimizar as dores. 

CFOAB - Além do tema do jovem advogado, tem algum outro da seccional que gostaria de mencionar?

Auriney Brito – Procuramos a todo custo conseguir convênios e parcerias para trazer cursos para atender a nossa demanda. Porque no Amapá, no Norte em geral, nós temos pouquíssimas oportunidades de cursos de mestrado e doutoramento. No Amapá, hoje nós não temos curso de mestrado em direito. Tivemos de conseguir um convênio com a Universidade Federal do Ceará, com a Universidade de Lisboa, para conseguir capacitar os nossos advogados. Acredito que isso hoje seja um símbolo da nossa passagem pela instituição e tenho certeza de que será um dos nossos maiores legados.

CFOAB - Em novembro de 2020, o Amapá viveu um apagão. Como isso repercutiu entre os advogados?

Auriney Brito - O presidente Beto Simonetti nos confiou para presidir a Comissão Nacional de Energia do CFOAB e nós falamos sobre a pandemia, mas estávamos ainda ali dando uma respirada da pandemia, antes da segunda onda, e tivemos o apagão elétrico no Amapá. Passamos 28 dias sem energia elétrica. Cinco dias absolutamente sem energia, sem água e sem telefonia. Foi desesperador, um caos. Foi um momento bem difícil, porque tivemos que trabalhar depois pela questão de recuperação de prazos processuais, gente que perdeu cliente, processo. Uma das minhas responsabilidades a partir daí foi estudar o setor energético, a matriz energética mundial, para compreender a importância da modernização da matriz energética brasileira. E a OAB tem um papel importantíssimo nisso, porque discute-se no Congresso Nacional, nas agências reguladoras, entre as instituições sobre como vai funcionar. A Comissão de Energia da OAB vai fazer um acompanhamento técnico disso tudo.

Divulgado padrão de resposta preliminar da 2ª fase do 34º EOU

A OAB Nacional, por meio da Coordenação Nacional do Exame de Ordem Unificado, divulgou, neste domingo (24/4), o padrão de resposta preliminar da 2ª fase, prova prático-profissional, do 34º Exame da Ordem Unificado (EOU), aplicado na mesma data.

Os examinandos podem verificar quais são as respostas esperadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para a peça profissional e as quatro questões discursivas, que compreenderam as áreas de opção do examinando no ato da inscrição. Eles puderam optar pelas seguintes áreas: direito administrativo, direito civil, direito constitucional, direito empresarial, direito penal, direito do trabalho ou direito tributário. 

O resultado preliminar da 2ª fase será divulgado no dia 17 de maio de 2022 e o prazo recursal será de 18 a 20 de maio de 2022.  A decisão dos recursos e a divulgação do resultado final do Exame será no dia primeiro de junho de 2022. 

A aprovação no Exame de Ordem é requisito necessário para a inscrição nos quadros da OAB como advogado. O Exame de Ordem pode ser prestado por bacharel em Direito, ainda que pendente apenas a sua colação de grau, formado em instituição regularmente credenciada. Poderão realizá-lo os estudantes de Direito do último ano do curso de graduação em Direito ou dos dois últimos semestres.

Confira os cadernos de prova de acordo com a opção do examinando:

• direito administrativo

• direito civil

• direito constitucional

• direito empresarial

• direito penal

• direito do trabalho

• direito tributário


Confira os padrões de resposta de acordo com a opção do examinando:

• direito administrativo

• direito civil

 direito constitucional

• direito empresarial

• direito penal

• direito do trabalho

 direito tributário

Nota de pesar: Cesar Luiz Pasold

O Conselho Federal da OAB lamenta profundamente o falecimento do advogado Cesar Luiz Pasold, neste domingo (24/4). Pasold foi diretor da Escola Superior de Advocacia de 1993 até o ano 2000. 

Detentor da Medalha João Baptista Bonnassis, Comenda máxima da OAB-SC, Pasold foi professor de Comunicação na Escola Superior de Administração e Gerencia-ESAG/UDESC (da qual foi Diretor de Graduação e depois Diretor Geral) de 1969 a 1988. Lecionou disciplinas jurídicas na UFSC de 1975 a 1994 e desde 1995 lecionou no Mestrado e no Doutorado em Ciência Jurídica da UNIVALI. Foi juiz eleitoral – Classe Jurista- no TRE/SC em 1996 e foi coordenador do Curso de Pós Graduação em Direito da UFSC- CPGD por 04 anos. Foi coordenador do Curso de Pós Graduação stricto Sensu em Ciência Jurídica da UNIVALI por 10 anos. Foi vice-presidente do IASC.

Pasold deixa esposa, três filhos e três netos.